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LENÇÓIS MARANHENSES: um Oásis no Nordeste Brasileiro

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, conhecido apenas como “Lençóis Maranhenses”, fica no Estado do Maranhão, ao norte da região Nordeste do Brasil. É uma vasta área protegida, composta por dunas de areia branca e lagoas sazonais formadas com a água da chuva.

A paisagem impressiona pela vastidão de areal intercalado por lagoas de diversos tamanhos, que nos remetem às imagens cinematográficas referentes ao deserto árabe e seus oásis. 

Como ir aos Lençóis Maranhenses

Uma das principais vias de acesso ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é a cidade de Barreirinhas, ao norte do Estado do Maranhão. É uma cidade pequena que se vê movimentada graças ao turismo. 

Para ir até Barreirinhas, caso não esteja viajando em carro, a melhor opção é por via aérea, desembarcando em São Luís, capital do Estado. De lá, basta pegar algum transporte terrestre até o destino final. 

Entre as opções de transporte terrestre mais acessíveis estão: os carros de locadoras; os ônibus estaduais e as “lotações”.

Chamam de “lotação” os carros particulares, de modelos diversos, que ficam estacionados defronte ao setor de desembarque do aeroporto, esperando passageiros para o mesmo destino.

Apesar de econômico, esse tipo de transporte tem um problema; não há hora certa de saída. O carro só segue para barreirinhas quando completa sua capacidade máxima de passageiros.

Dessa forma, a depender da demanda, pode-se perder muito tempo esperando no aeroporto, além de não ser possível fazer um planejamento prévio ou reserva antecidpada.

Considero que a opção de melhor relação custo-benefício é o ônibus estadual, principalmente para os viajantes solo.

Ele tem hora certa de saída, é confortável, seguro e não custa caro. Essa foi minha escolha.

Comprei o bilhete na Empresa Cisne Branco, diretamente no guichê da rodoviária, que não fica longe do aeroporto.

O percurso de São Luís a Barreirinhas dura cerca de 5hrs, tem horários certos de saída e a viagem é, seguramente, mais confortável que na lotação. Sai um pouco mais caro, mas acho que compensa.

Quando ir

A melhor época para ir aos Lençóis Maranhenses é quando as lagoas estão cheias, ou seja, logo após o período chuvoso, que vai de fevereiro a maio. Portanto, o ideal é se planejar para ir nos meses de abril, maio ou junho.

Se for no mês de junho, que foi o meu caso, pode ter a sorte de ser recepcionado no aeroporto por um grupo folclórico encenando a dança do Bumba-meu-boi, festa folclórica regional.

Onde ficar

Em Barreirinhas não há grandes hotéis. A maioria das acomodações são pousadas ou hostel, a preços bem variados. O melhor a fazer é buscar em um dos sites de pesquisa de hospedagem. Eu reservei um hostel pelo Booking.com.

O que fazer em Barreirinhas

A cidade de Barreirinhas não tem grandes atrativos, já que ela é apenas o ponto de partida para os passeios nas redondezas. 

O lugar mais animado da cidade é a praça central,  chamada de “centrinho“, situada à beira do Rio Preguiça e cercada por bares, quiosques de lanches e restaurantes.

Nas noites do fim de semana, a praça costuma ficar bem animada, com bandas de música ao vivo e muitas mesas ao ar livres.

Já nas proximidades de Barreirinhas, há muito do que usufruir. São diversas opções de passeios voltados a explorar as riquezas naturais da região.

Mas não é possivel reaizá-los por conta própria. É necessário contratar os serviços de alguma agência de turismo local.

Eu contratei a São Paulo Ecoturismo, que atendeu muito bem às minhas expectativas para os seguintes passeios:

  1. Parque dos Lençóis Maranhenses
  2. Flutuação na Cardosa 
  3. Praia do Caburé

Onde comer

Nas proximidades da praça central de Barreirinhas se concentra a maioria dos restaurantes e lanchonetes da Cidade. Cito aqui os locais que eu frequentei.

Bar Canoa

Restaurante bem agradável, defronte à praça central e com vistas para o Rio Preguiça.

A decoração é rústica, mas o cardápio tem pratos mais sofisticados.

Eu jantei um “Salmão ao molho de manga, acompanhado do típico arroz de cuchá e salada“. Estava uma delícia!

Rei das Tapiocas

Quiosque localizado no centro da praça, especializado em tapiocas.

Um lanche muito saboroso, bem baratinho, num lugar simples, mas muito limpo e à beira do rio.

Ótima opção para um lanche leve à noite.

Minha escolha foi uma tapioca de banana, canela e leite condensado. E para beber, café com leite à vontade.

Restaurante do Gaúcho

Lugar rústico, à beira do rio, no perímetro do “centrinho”. Tem comida farta, saborosa e muito barata.

Ótima opção para o almoço.

Escolhi o frango grelhado, acompanhado de macaxeira frita e arroz com feijão verde (baião de dois).

Como se deslocar em Barreirinhas

Como Barreirinhas é um vilarejo pequeno, os lugares de maior interesse são facilmente alcançáveis a pé, principalmente se sua hospedagem estiver próxima ao “Centrinho”.

No entanto, existem outros dois meios de deslocamento muito comuns por lá: o táxi e o mototáxi.

Mas, nesse último caso, quero deixar uma advertência para a “mulher viajante solo”. Evite usar o mototáxi no período noturno. Eu tive uma experiência não muito agradável. 

Após terminar meu jantar no “Centrinho”, resolvi pegar um mototáxi até minha hospedagem, que estava um pouco afastada. Sairia mais econômico que o táxi.

Tive o cuidado de buscar um motorista credenciado da Empresa, seguindo orientação prévia da proprietária do Hostel.

Confirmei com o motoqueiro se conhecia o lugar onde eu estava hospedada e então, subi na moto.

Não percebi que o jovem condutor estava seguindo o caminho oposto até o momento em que entramos numa rua de barro, escura, sem edificação por perto e cercada de vegetação.

Foi então que questionei se ele sabia o caminho do Hostel. Mas, a resposta que tive foi um convite para ir tomar banho de lagoa.

Naquele momento meu coração acelerou de medo. Minha reação, antes de pular da moto, foi falar em alto tom e de forma muito incisiva, que ele me levasse imediatamente para a minha hospedagem.

Por sorte, o rapaz franzino se assustou com a forma impositiva que falei e resolveu dar meia volta, tomando o rumo certo até o destino.

O desfecho dessa história podia ter sido bem diferente, até trágico. Tive sorte! 

Então fica aqui o alerta para você, leitora, viajante solo. 

Kelly Fabiani

Mulher, Mãe, Alagoana, Arquiteta e Controladora de Tráfego Aéreo. Viajar sempre fez parte da minha vida. Em 2012, aos 40 anos de idade, me tornei Viajante Solo e, desde então, venho colecionando experiências, histórias e dicas de viagem pelo Brasil e por outros países mundo afora. No “Pelo Mundo By Myself“, compartilho todas elas com o intuito de auxiliar outros viajantes independentes na preparação de seus roteiros e para encorajar outras mulheres a desbravarem o mundo sozinhas, sem medo de ser feliz.

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