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MACHU PICCHU: a Cidade Perdida dos Incas

Conhecida como “A Cidade Perdida“, Machu Picchu é um dos grandes tesouros arqueológicos mundiais, sendo reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Histórico Mundial.

As ruínas dessa antiga cidade inca estão localizadas a 2.400 m de altitude, no alto da montanha lhe dá o nome. Em quechua, língua dos povos antigos, Machu Picchu significa “Velha Montanha“.

Segundo registros históricos, Machu Picchu foi construída no século XV com o fim de servir de apoio para a supervisão das regiões conquistadas pelo Império Inca, dada sua localização estratégica. Posteriormente, serviu de refúgio ao Soberano Inca  contra a invasão espanhola.

Por séculos, a Cidade ficou escondida entre a  vegetação, sendo casualmente descoberta no século XX, por um historiador americano que fazia pesquisas na região.

Como chegar em Machu Picchu

A forma mais usual de se chegar a Machu Picchu é a partir de Cusco, localizada a 130 km de distância. Existem trens diários com destino a “Aguas Calientes”, vilarejo localizado na base da montanha que abriga Machu Picchu, que serve de apoio aos que se destinam à Cidade Perdida.

A viagem dura cerca de 4 horas e os bilhetes podem ser adquiridos com antecedência, o que é recomendado.

O trem mantém o design antigo, mas sua estrutura moderna proporciona uma viagem bem confortável. Eu optei por ir no trem da manhã, para aproveitar melhor o vilarejo de Aguas Calientes.

As 4 horas de viagem pareceram mais curtas. As lindas paisagens das montanhas e vales que atravessamos durante o percurso nos fazem esquecer do tempo. Além disso, o delicioso lanche servido a bordo, com ingredientes típicos da gastronomia peruana, completa a atmosfera bucólica e peculiar do passeio. 

O ideal é adquirir os bilhetes do trem e o de acesso ao sítio arqueológico de Machu Picchu antes da viagem, dessa forma, evita-se o risco de não conseguir fazer o passeio nas datas programadas.

Existem vários sites que vendem os bilhetes online, mas eu, particularmente, gosto de pesquisar nos sites viator.com e getyourguide.com.br, que oferecem opções onde já se incluem os dois bilhetes, o do trem e o da entrada, além dos serviços de um guia para conduzir a visita ao Sítio Arqueológico, o que é crucial para entender toda a importância histórica do lugar.

Trem com destino a Aguas Calientes
Almoço a bordo do trem

Quanto tempo destinar a Machu Picchu

O ideal é destinar dois dias para a visita a Machu Picchu, considerando o primeiro dia para o deslocamento entre Cusco e Aguas Calientes, e o segundo dia para a visita ao Sítio Arqueológico pela manhã, retornando a Cusco no período da tarde.

Eu optei por pegar o trem que sai de Cusco pela manhã. Dessa forma, pude destinar a tarde para passear pelo vilarejo de Aguas Caliente e aproveitar um pouco da vida noturna do lugar.

Aqueles que quiserem dedicar mais tempo para explorar as trilhas de Machu Picchu, certamente deverá destinar mais de dois dias ao passeio.

Por outro lado, quem não dispõe de muito tempo, existem tours de um dia inteiro, num bate-e-volta a partir de Cusco. O passeio sai nas primeiras horas da manhã e retorna no fim do dia. É meio cansativo, mas ao menos se consegue alcançar o objetivo de visitar Machu Picchu, mesmo com pouco tempo disponível.

O Vilarejo de Aguas Calientes

O vilarejo de Aguas Calientes é o ponto de apoio para os turistas que vão a Machu Picchu. A vila vive do turismo, por isso é repleta de hotéis, restaurantes e lojinhas de souvenir.

Organizei minha viagem de modo a chegar em Aguas Calientes no meio do dia, dormir uma noite e visitar Machu Picchu na manhã do dia seguinte. Dessa forma, pude descansar da viagem e disfrutar um pouco do vilarejo.

Destinei a tarde do dia da chegada para passear pelas ruelas de Aguas Calientes. Uma visita imperdível é a feirinha de artesanato. Há uma variedade enorme de produtos, bastante originais e de boa qualidade. É um ótimo lugar para comprar joias em prata e pedras peruanas.

À noite, aproveitei para dar uma volta entre as ruelas enladeiradas repletas de restaurantes, lanchonetes e bares, enquanto me decidia por um lugar para jantar. São tantas opções interessantes que fica difícil escolher.

Aguas Calientes
Centro da Vila de Aguas Calientes

A visita a Machu Picchu

A forma mais comum de se chegar ao sítio arqueológico de Machu Picchu é partindo de Aguas Calientes em microônibus, num percurso que dura cerca de 30 minutos. Existe um veículo específico para esse trajeto, que sai do centro do Vilarejo.

Alguns mais aventureiros preferem subir a pé, beirando a sinuosa estrada até o ponto mais alto da montanha.

Caso não tenha adquirido com antecedência o bilhete de acesso às ruínas, pode comprá-lo na bilheteria defronte à entrada. 

Sugiro que aproveite para carimbar seu passaporte com o selo de Machu Picchu no guichê disponível próximo à bilheteria. É gratuito e o registro é único.

Apesar de ter apenas 30% das ruínas originais, Machu Picchu é Patrimônio Histórico Mundial. Seus resquícios guardam valiosos registros sobre o estilo de vida e cultura dos incas. 

A primeira sensação que se tem logo na entrada do Sítio Arqueológico é de deslumbre diante da exuberante paisagem que cerca Machu Picchu. Por estar situada no alto da montanha, tem-se uma extensa vista de toda a vegetação e montanhas dos arredores.

À medida em que vamos percorrendo as ruínas, a narração do guia nos faz imergir na misteriosa cultura desse povo. Passamos por largos terraços de cultivo agrícola, habitações, oficinas, espaços sagrados etc.

O percurso exige um certo condicionamento físico para subir os altos degraus de pedras. Recomenda-se usar um calçado confortável e antiderrapante, que dê segurança nas subidas e descidas escorregadias. 

Entrar com alimento é proibido, mas não deixe de levar garrafas d’água.

As alpacas e lhamas estão por toda parte. Apesar de estarem acostumadas com o movimento intenso de turistas, ficam desconfiadas se ameaçamos tocá-las. Muito cuidado nessa hora, pois a estratégia defensiva delas é cuspir em que as ameaça.   

Kelly Fabiani

Mulher, Mãe, Alagoana, Arquiteta e Controladora de Tráfego Aéreo. Viajar sempre fez parte da minha vida. Em 2012, aos 40 anos de idade, me tornei Viajante Solo e, desde então, venho colecionando experiências, histórias e dicas de viagem pelo Brasil e por outros países mundo afora. No “Pelo Mundo By Myself“, compartilho todas elas com o intuito de auxiliar outros viajantes independentes na preparação de seus roteiros e para encorajar outras mulheres a desbravarem o mundo sozinhas, sem medo de ser feliz.

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